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5 mai 2010 3 05 /05 /mai /2010 11:15

3. LE  RAJA

 

   

 Vejamos agora a Rede dos Antigos Jecistas da Africa (RAJA)


Os começos :

Em dezembro 1990, Georgette Ngabolo, presidente da JEC do Gabão entre 1987 e 1989, naquela época estudante em Nancy (Franca), teve a ideia de criar um Grupo Amistoso dos antigos jecistas do Conselho Pan-africano. Era em Nairobi, no fim de 1985 – início 1986. Sua preocupação: será que os participantes a este Conselho estão sempre ligados pelos contactos com o movimento? Será que eles estão sempre ao seu serviço? Ela submete sua ideia ao grupo pan-africano que lhe responde positivamente, pedindo-lhe de alargar esta futura rede para todos os antigos jecistas da Africa.

A ideia está indo no seu rumo. A preocupação para ficar ao serviço do movimento que nos formou, vem  acrescentar-se um segundo objectivo: “continuar a viver nosso ideal JEC no lugar onde estamos, na vida  activa que é nosso cada dia.”



15 Bingerville 1  Bingerville, 1997 

 

 

Em agosto de 1997, nós nos encontramos reunidos pela presença de mais ou menos sessenta pessoas, em Bingerville (Costa do Marfim), para a primeira Assembleia Geral de nossa rede. Nós vínhamos de uma dezena de país.

No seu discurso de abertura, Georgette exclama: Para rubricar Martin Luther King, eu vos diria simplesmente isso: “eu tive um sonho que um dia os antigos jecistas se reagrupariam no seio de estrutura viva e criativa.”

 

 

Eu tive  o sonho que esta estrutura seria africana. Eu tive o sonho que esta estrutura permitiria aos antigos jecistas de analisar os desafios que invadem seu continente, que ela ajudaria a dar sua contribuição a uma África na qual a justiça e a paz reinarão mais.  Enfim, eu fiz o  sonho que um dia, eles encontrarão no seio desta mesma estrutura um lugar para aprofundar sua fé, respondendo assim sempre mais ao Cristo pobre e libertador dos pobres. Se minha vida inspirada pelo sonho foi invadida, movimentada por todos estes desejos, eu posso agora pensar com satisfação e convicção, que, reunir-se, se juntar hoje em Costa do Marfim, precisamente em Bingerville, não é mais um sonho inspirado, mas uma realidade.

 

Em agosto 2009, nós nos reencontramos de novo em Bingerville, para a quinta Assembléia Geral da Rede.. Chegando de seis países, uma trintena de participantes refletiu sobre uma série  de assuntos que os preocupam: prevenção dos conflitos, luta contra o aids, boa administração, empregos, parcerias, sociedade civil, relações JEC-RAJA, etc.


Da JEC ao RAJA

 

Preciso dizer que durante todo o tempo dos seus estudos, os Jecistas viveram em “movimento”, com uma forte organização. Na equipe de base, na paróquia ou num estabelecimento escolar, nas equipes diocesana, nacional, continental e internacional, a estrutura estava clara e os Jecistas não perguntavam pelas questões de organização.

Criar uma rede, isso é novo. (A maiora parte dos leitores ficando fora desta séria fazem parte das Redes do Adro e sabem que rede na Igreja, isso é novo!)

A tendência é evidentemente de reproduzir o que a gente conhece. Mas os membros do RAJA  não estão mais sentados sobre os bancos da escola ou da universidade. Os problemas encontrados na vida ativa não são mais os mesmos. Fazer revisão de vida com os Jecistas do seu estabelecimento ou trabalhar para levantar um desafio comum a vários países da Africa, com os antigos Jecistas que moram em Burkina Fasso, em Togo, em Costa do Marfim, em RCA, nos Camarões, no Chad, no Gabão, etc, isso é um pouco complicado. Tanto mais que nem todos podem ter acesso à internet. E cerca  dos trezentos membros da rede que possuem um endereço electrónico não estão todos os ligados com internet!

Enfim, os obstáculos são muitos. Mais desde 1997, o RAJA está vivendo e desenvolve-se. Pouco a pouco o trabalho pela rede torna-se realidade e o calendário “Em falando” (aids) é uma boa ilustração (Vejà em baixo). Outras obras foram abertas: prevenção dos conflitos, relações JEC/RAJA, Publique O Que Você Pague, “A gente vai ainda fazer como” (espiritualidade) etc.

Mgr Portela do Congo Brazzaville não deixou de felicitar estes cristãos que não esquecem seu ideal cristão quando eles ocupam postos de responsabilidades na sociedade.

 

16 Logone7

O RAJA e a sociedade civil

 

Uma nova questão se coloca hoje.

Ela foi colocada em Bingerville, durante o último encontro do RAJA em agosto 2009: “Que relação podemos estabelecer entre nossa rede internacional e a sociedade civil?

 

No plano de acção elaborado no termo desta assembléia, a gente pode ler: “O RAJA NA SOCIEDADE CIVIL, organizar as consertações (primeiros contactos) com outras organizações da sociedade civil”.

E nós tinhamos visto nas páginas precedentes como, na Costa do Marfim, Patríçio Ngouan, antigo jecista, é atualmente coordenador naçional da Convenção da sociedade civil marfinense.

Na entrevista que me concede em Bingerville, ele explica claramente que para sair de uma crise, é precisa juntar-se. A JEC e o RAJA  podem ajudar a constuir uma sociedade civil forte que vai criar um movimento consensual que implica o conjunto das “forças vivas” do país. (“Forças vivas”: uma expressão cada vez mais utlizada!)

Não esquecemos Achile Mbembé, ele também, antigo jecista. Ele não estava conosco em Bingerville, mas acima, Maria João Sande Lemos nos torna a chamar para não confundir “sociedade civil” e “simples existência de associações autónomas”. Entre as instituições públicas autónomas e a sociedade em geral, a sociedade civil pode exercer um papel de intermediário.

 

Todo isso vai certamente ser refletido na Rede nos próximos anos.   

                                                                                                                                                                      

-----------------------

 

Para em saber mais sobre esta rede dos antigos Jecistas da Africa, vós podeis ir consultar o  internet. Mas cuidado, nos motores de pesquisas, não escrever RAJA, vós caireis na maioria dos casos sobre escolha de embalagens ou sobre um tema de futebol!

Apontai na rede dos antigos Jecistas da Africa e vós ficarei satisfeitos!

 

 


 

Nós trabalhamos em REDE (RAJA)

Exemplo: a realização do calendário 2009

 

17

 

A rede dos antigos Jecistas da Africa: uma rede para tentar levantar os numerosos desafios que nos invadem. Entre estes desafios: Aids. Vários membros do RAJA investem-se na luta contra o aids.

Num primeiro tempo, Georgina Ngabolo (Gabão) nos faz reparar que a luta contre este flagelo exige actores formados. (Os pais de uma pessoa com a doença do Aids faz parte dos actores que devem se formar....)

Num segundo tempo, os falecimentos em casa de Germana e Feliz: Germana Lipeb (França-Camarões) e Feliz Muramutsa (Rwanda) abordam o problema do tabu.

 

 

Saudações a todos;

Estou de regresso a Paris depois das exéquias da Cecília na semana passada. Eu passei uma semana no Camarões, mas não deu para consultar meus mails;

Obrigado pela solidariedade que vocês me manifestaram, mesmo se infelizmente vocês não puderam estar aí. Cecília que muitos antigos jecistas do Camarões conhecem, pois ela foi uma militante durante muito tempo em Yaounde infelizmente faleceu, como muitos outros, de Aids. Muitas pessoas ainda não acreditam, mas eu não sei o que fazer para os sensibilizarem.

Minha família recusou que a gente o dissesse abertamente durante as exéquias (por que é de mais vergonhoso) mas minhas irmãs, irmãos e eu mesmo decidimos falar publicamente para quebrar o tabu, para aqueles que dizem nunca terem visto alguém falecido pelo aids, viram enfim, e para tentar sensibilizar mais uma vez mesmo que fosse na família.

Obrigado pelas vossas orações.

Germana Essengue.

 

                                                                                               

Prezada Germana.

Eu te felicito por esta coragem para atrever-se a falar do aids tanto abertamente sobre uma irmã! E a verdade que primeira arma que nós temos contra este flagelo é primeiro a prevenção; e a gente não pode conseguir sem quebrar o silêncio, o tabu e o suposto pudor, que todos reunidos, infelizmente, não nos impede de apanhar o VIH, mas curiosamente, nos impede em falar!!!

Você atravessa, com a sua família momentos difíceis certamente, mas a escolha de falar abertamente é também terapêutico!!!

Seu testemunho me lembra o dia das exéquias da minha sobrinha (de 13 anos de idade) falecida de aids. Quando, me atrevi a revelar publicamente que ela estava atingida  por uma doença incurável desde seu nascimento... depois das exéquias, eu recebi queixas da parte da  minha família porque eu não devia falar!! E aproveitei para lhes mostrar que esta morte devia ser ocasião para nos ajudar fazer fazer um balanço e mudar nossos comportamentos para com a doença e sobretudo os doentes!!

Finamente, alguns me revelaram que foi a primeira vez que eles conversavam com facilidade a respeito do aids e que não tinham suficientes informações!! Eles alegraram-se finalmente da minha intervenção... pois minha querida, continue seu caminho, isso vai servir a mais de uma pessoa

 

Unidos pela oração.

God bless you,Felix Muramutsa

Kigali - Rwanda


 

  Daí a pergunta colocada pelo RAJA França :

 

Alguém na tua família encontra-se seropositivo.

 

Que comportamentos aconselhar aos membros da família?

 

Vários, da Guadalupe, da França, do Togo, do Gabão, de Camarões responderam.

A partir destas respostas, o RAJA França escolheu 12 conselhos, para elaborar um calendário. Felix, do Ruanda traduziu em inglês os 12 conselhos, e nós nos pusemos  à procura de 12 fotos.

Membros do RAJA ou amigos, deram fotos ou aceitaram serem fotografados.

 

Escolhemos a maqueta, Florença Ssero (UNESCO-Addis Abeba) na sua passagem por Paris, fez o necessário para conseguir uma subvenção do UNESCO. E foi assim que 2000 calendários foram impressos.

 

Florença Ssereo realizou também uma versão em amharique (Etiópia). João Ignácio Manengou, antigo jecista na República centro-africana, vai realizar clips audio, à partir dos 12 conselhos, para a rádio na qual ele trabalha em Bangui.

 

A finalidade é simples: colocando o calendário no bom lugar, em casa, a gente pode esperar que ele suscite as conversas:” Falemos disso, dêmos a cara”!

 

 

Para mais detalhes sobre esta realização, ver o blog:

Em Paris a 6 de setembro 2008,

O RAJA França.                                                                              

et : http://travauxraja.over-blog.com/

 

 

 

 

 

 

  Les félicitations de Mgr Portela. Deux exemples  :

 


 

 

  Entretien avec Patrick Ngouan  

 

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Octobre 2009,


Les associations de la Coalition Publiez Ce Que Vous Payez – France, se retrouvent à Paris, au Secours Catholique, rue du Bac, avec Marou Amadou et Ali Idrissa, tous deux membres de la coalition PCQVP – Niger.

Marou a été arrêté et incarcéré le 10 août pour les positions qu'il avait prises en tant que Président du Fusad sur le coup d'état constitutionnel. Il a été mis en liberté provisoire après cinq semaines d'incarcération et vient quelques jours en France et en Belgique. C'est l'opportunité pour nous de rencontrer ces deux militants.


Je suis allé à cette rencontre avec camescope et appareil photo. Mais en les entendant et en comprenant ce qui se passe au Niger, je me dis : « Vaut mieux ne pas sortir mes appareils. Mettre Marou et Ali sur internet, c’est les exposer un peu plus ».

Je leur pose tout de même la question :

- « Il vaut mieux éviter les photos et les interviews sur internet ? ».

Mais, surprise :

« Non, au contraire. Vous pouvez filmer, faire connaitre notre combat. Nous voulons vivre. Nous n’avons pas peur. Nous voulons une meilleure répartition des richesses, nous voulons un peu plus de démocratie. Pourquoi avoir peur ? Nous ne pouvons pas vivre dans la peur. Soutenez nous. »


Gérard Warenghem

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